Continuidade

Sim, nós sabemos que a avaliação já acabou. Nós sabemos que não temos mais trabalhos para publicar. Mas a nossa inspiração não acaba, nem acabará....

Assim, e fundindo a tipografia com uma das músicas mais badaladas do momento,apresentamos este vídeo que conjuga as cores com a vivacidade que a musica pretende transmitir.

Somos jovens, com uma pequena chama em cada um de nós... Porque não incendiar o mundo?


 

Proposta #3

This is the moment we've been waiting for. Sem dúvida, esta é a proposta de trabalho mais complexa.
Integrando os demais conhecimentos adquiridos, pede-se que seja realizada uma infografia jornalística.

Temática. Abordagem com falhas
O tema selecionado aborda o fenómeno dos smartphones. Este é um tema de relevância jornalística pois o mercado dos telemóveis está em expansão, criando maiores condições para a venda e publicidade deste tipo de dispositivos. Esta exposição nem sempre é corretamente assimilada pelos consumidores. Por exemplo, muitos artigos de caráter tecnológico, como este, da CNET, entram em detalhes extremos sobre o funcionamento dos dois maiores sistemas operativos móveis, iOS e Android.
Este tipo de artigo serviu de base simultaneamente para saber como abordar o assunto dos smartphones (especificando com uma sucinta comparação dos sistemas iOS e Android) e o que evitar ao realizar a infografia. Como tal, consideramos desde já que este artigo encontrado aborda a temática de modo incompreensível para muitos leitores, estando orientado a uma audiência mais especializada no assunto.

A questão que surge de seguida remete-se ao tratamento deste tipo de conteúdos por parte da imprensa generalista. Como entusiastas da tecnologia, com alguns conhecimentos, consideramos que não é incomum surgir na imprensa generalista o ocasional artigo que trata de modo confuso e redutor o lançamento dum produto tecnológico como um smartphone. Em vários casos, este parece um copy-paste do comunicado de imprensa, citando ipsis verbis colunas de especificações técnicas que, sem um contexto, fazem pouco sentido ou têm pouco interesse para o leitor. Tendo esta questão em mente, propusemo-nos ainda a criar um contexto dentro da própria infografia que fosse capaz de esclarecer terminologia mais específica, sem interromper a perceção do leitor mais entendido na área da tecnologia.

Conceito
O papel da infografia que desenvolvemos é o de exemplificar em termos técnicos mas concisos o que é um smartphone, o que há no mercado, as dimensões deste e até que ponto a presença dos smartphones influencia a atividade das pessoas no seu dia a dia (por exemplo, o seu acesso à internet). Todas estas informações são iterativas, na medida em que os factos são apresentados recorrendo a ilustrações simplificadas e o leitor é capaz de as construir por próprio interesse.
A maior parte deste tipo de informações vem de fontes como estudos de mercado da Gartner, de artigos relativos ao assunto e ainda do motor de busca de conhecimento Wolfram|Alpha.

A infografia jornalística que concebemos foi pensada e realizada para encaixar no jornalismo online, visto que não só a infografia impressa depende fortemente dos condicionalismos do periódico (espaço dedicado, impressão a cores ou não, formato do jornal) mas também a infografia online cresceu exponencialmente em popularidade e qualidade, com exemplos de topo providenciando inspiração e know-how aos aspirantes a designer de comunicação.

Estrutura. Execução
Apesar da preocupação com a distribuição online, a infografia realizada adapta-se melhor a ecrãs de grande resolução, tendo em conta o seu layout e largura vasta, que se deve da necessidade de tornar a informação legível e fluida.
Esta infografia alimenta-se de diversas interfaces a ela comuns: a timeline, o diagrama e a informação estatística, como modo de potenciar diferentes mensagens a transmitir.

(Clique para ver em tamanho inteiro noutra janela)
No que toca à estrutura, prosseguindo com os paralelismos ao meio online, simulamos um layout da web, com três colunas. Sensivelmente a meio, uma divisão cromática marca a segunda metade da infografia. Esta estrutura não é quebrada de cima a baixo.

As duas colunas externas albergam, na primeira parte da infografia, uma timeline sucinta com os marcos mais importantes relativos ao tema na coluna da esquerda e um pequeno glossário com termos empregues na infografia na coluna da direita. Estas informações paralelas servem-se do baixo contraste entre cor de fundo e da tipografia (mantendo a legibilidade), de modo a enfatizar o seu caráter secundário de assistência ao conteúdo da coluna do centro. Esta emprega a definição retirada do dicionário, a introdução e a explicação técnica sobre o smartphone.

Na primeira vinheta estabelecendo a comparação entre um smartphone e um computador, é de notar o diagrama. Traçado duma fotografia dos componentes internos do iPhone 4S, é a ilustração do género mais complexa que realizámos até agora. (Inspiração nos trabalhos de Kevin Hulsey q.b.)
Na terceira vinheta em degradê cinza, as funcionalidades mais comuns dos dispositivos são reduzidas ao simbolismo e ao valor semiótico da ilustração. Graças ao seu alto reconhecimento em sistemas estandardizados (ISO) e pelo uso de skeuomorfismo nas interfaces de computador, esta secção da infografia é rapidamente percetível sem empregar uma palavra a mais.

Após esta introdução de valor técnico, uma vinheta de transição cromática e de arquitetura de informação vem agitar as águas. O objetivo desta vinheta é o de introduzir a estatística como último e mais proeminente pilar da comunicação estabelecida na infografia, para isso demonstrando os dois maiores concorrentes de software  para telemóveis. As colunas paralelas demonstram informação sobre vendas de unidades por software dominante e acessos à internet via plataformas móveis, a título de comparação, constituindo as partículas de informação que permitem ao leitor construir as suas próprias iterações no assunto.

Seguidamente, a forma dominante é a divisão a meio, na vertical, como comparação entre sistemas operativos móveis. Esta comparação está, a nosso ver, encadeada e contextualizada: inicialmente explica-se porque é que o smartphone é essencialmente uma iteração de um computador, o que leva o tema aos sistemas operativos. Este conteúdo está separado pela ordem predileta do consumidor, o "bom" e o "mau". Na barra lateral, a informação paralela fala cada vez mais ao leitor comum: gamas de preços e aplicações ao seu dispor por plataforma.
A infografia conclui com uma nota de caráter mais ligeiro, reforçando a ideia geral de descomplicação e empatia com o leitor comum que, munido da informação que lhe é oferecida sistematicamente, pode agora tomar uma decisão mais consciente sobre se deve ou não participar no fenómeno dos smartphones.

Escolhas visuais
A nível visual, descobrir uma temática apelativa e apropriada ao tema não foi difícil de todo. O tema é flexível, assim como o público - além de que a maior preocupação durante a maior parte do trabalho foi a de obter informação relevante que pudesse ser relacionada com o tema.

As cores verde, branco, cinza escuro e amarelo serviram de base às demais. As restantes tonalidades empregues e cores complementares surgiram da necessidade já mencionada de comunicar uma mudança de paradigma na apresentação da informação. As escolhas tipográficas gravitam muito em torno da seriedade que conquistámos na última proposta de trabalho - DIN e Zag encarnam os seus papéis neste trabalho. O contraste entre os dois tipos utilizados em conjunção cria variedade e novidade na informação apresentada.
Outras partículas visuais como os degradês, acentuações de stroke e padrões halftone contribuem para enriquecer a linguagem visual da composição, não retirando foco da informação a transmitir.

(Formato PNG para download)

"Inspiroinfográfico"

Tomando como foco o tema para o nosso último projeto - tecnologia - resolvemos recolher material de inspiração infográfica:

The World of Data we're creating on Internet, consultado em good 
Escolhemos esta infografia para análise mais detalhada. A nível de informação, é extremamente simples na metodologia de apresentação - o poder das unidades, associadas por setas a cada computador, torna-se evidente através do grande contraste e força que têm as letras em comparação ao fundo.
A nível de estrutura, esta emana do centro, com uma ilustração dum indivíduo debaixo do tema "The World of Data". A simetria e estrutura ascendente sistemática repetida oito vezes confere solidez à perceção, credibilizando a imagem dos intervenientes (IBM bem visível no canto inferior direito).
Por último, a coesão visual demonstra exatamente como uma infografia pode ser coesa mesmo apresentando informações simples - o elemento das linhas onduladas replica-se um pouco por todo o lado, criando uma ideia de movimento subconsciente, associada ao fluxo de informação.
No fundo, esta infografia encarna, de modo elegante e sólido, a realidade sobre a sociedade da informação em termos logísticos.

The rise of E-readers, consultado em good.is.com

Inside the lives of social networking site users, consultado em good.is.com

The most valuable companies, consultado em good.is.com

6 emerging technologies in education, consultado em creafety.com

When should children receive a Cell  Phone, consultado em sodahead.com

Um pouco de história

No início da sua inclusão na imprensa, a infografia foi uma derivação do que Hodgson (1977) denominou “Pictorial Journalism” que não era mais do que o uso de desenhos para acompanhar informação.
Este conceito foi utilizado até quase meados do século XX: a infografia era associada aos desenhos e/ou ilustrações que acompanhavam a informação.

A infografia moderna
O grande salto da infografia nas redações surgiu no jornal USA Today, primeiro jornal norte-americano que circulava a nível nacional.
O USA Today marcou diferença dada a sua arquitetura informativa com textos breves, concisos e de ágil leitura, além de oferecer entradas à informação com destaques, sublinhados, textos simplificados, apoios, entre outros.
Mas o que revolucionou e cativou o leitor relaciona-se com o grande destaque da informação visual. Grandes fotografias, expressivas, que contavam histórias e transmitiam emoções, mas principalmente, infografias.
São famosos os gráficos estatísticos que se publicavam todos os dias na capa do jornal os chamados: Snapshots que de forma inteligente comparavam, mostravam diferenças e davam oportunidade ao leitor para tirar as suas próprias conclusões. A página da meteorologia utilizando a cor como uma linguagem para comunicar as temperaturas revolucionou e deu maior importância aos dados do tempo.

A infografia nos dias de hoje
O grande foco da infografia atual é a análise.
Procuram-se infografias que tenham um importante
impacto visual, enquanto os gráficos e esquemas transmitam informação, comparação e dados que  permitam ao leitor navegar pelo gráfico. O resumo visual e a análise da informação são as bases destes gráficos, menos artísticos, porém mais ricos em conteúdo e dados.

Este mapa publicado a 11 de setembro de 1702 é o primeiro gráfico na imprensa que se conhece.
Mostra a tentativa de ocupação da baía de Cádiz por tropas inglesas.
Exemplo de algumas infografias utilizadas pelo USA Today.
Texto e adaptação: Ernesto Olivares

A infografia não engana

Nos finais do século passado, o The Poynter Institute, um dos centros de formação de jornalistas mais importantes de Estados Unidos,realizou um estudo chamado Eyetrack procurando analisar e registar a forma como o público lê o jornal, identificando os elementos que chamam a atenção, prendendo-o ao texto informativo. 
O resultados, publicados recentemente, indicam-nos que:
  • A infografia é o elemento a que o leitor dedica mais tempo.
  • 77% dos leitores são atraídos visualmente à página pela infografia.
Fontes
"Eyes on the News", Mario García, Pegie Stark. The Poynter Institute. 1991
"Eyetracking the News", Pegie Stark, Sara Quinn, Rick Edmonds. The Poynter Institute. 2007.

Infografia

No presente século, as infografias são uma das mais úteis ferramentas do jornalismo. Desde as que se encontram presentes em páginas dos jornais às infografias interativas em formato online, cada vez mais estas formas de condensar informação ganham espaço.

Simplificar.
Resumir.
Aclarar.

Estes são uns dos principais objetivos destes novos utensílios jornalísticos. Tendo em conta a enorme quantidade de informação com que se vê deparado dia-a-dia, o leitor consegue assim captar o básico sobre determinado fenómeno ou acontecimento através de uma simples ilustração e/ou gráfico animado. Assumem assim as infografias um papel de utilidade pública, que transitam das velhas e poeirentas enciclopédias ilustradas para um pequeno ecrã de telemóvel, adquirindo assim um papel de utilidade pública. Eis um exemplo claro, do jornal norte-americano The New York Times:

Facebook Privacy, infografia New York Times (clique para ampliar)


Bibliografia consultada: "Infografía 2.0" - Cairo, Alberto; Alamut, Madrid

Tipográfico, infográfico

Gastrotypographicalassemblage

A obra de Lou Dorfsman para a cantina do CBS Building (também conhecido por "Black Rock"). Extenso trabalho tipográfico, esculpido num mural de madeira. Ainda, um exemplo da infografia mais física e direta.

Artigo do NY Times