"All colors are the friends of their neighbors and the lovers of their opposites." Marc Chagall
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(Clique na imagem para ampliar) (em Griottes.fr) |
A interpretação que cada um faz da cor é subjetiva - como tal, focar-nos-emos inicialmente em expor como funciona a cor, em termos gerais.
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Funcionamento da interface luz-visão no olho |
A cor está fortemente associada a este processo, sendo até, por exemplo, um dos elementos que as crianças começam por aprender do mundo que as rodeia. No fundo, tem uma função comunicativa fortemente evolucionista, permitindo despoletar o domínio de novas linguagens.
Fora do contexto mais técnico da perceção cromática, o papel da cor é, desde o momento em que o indivíduo começa a construir uma base de dados sobre a cor (isto é azul, o carro é amarelo, etc.) e uma opinião (gosto mais deste porque é verde/rosa/laranja), uma propriedade subjetiva, que vem incutir um modo muito característico de avaliar e utilizar as cores, baseado na liberdade de escolha acrescida.
No fundo, ampliámos o nosso alcance de personalização cromática a praticamente tudo o que seja produzido (ou natural, até, por manipulação posterior): se quiser ter uma casa azul acompanhada dum carro azul enquanto veste jeans azuis e uma T-shirt azul, é perfeitamente possível. Quase como que o baluarte da escolha e da independência estética, a cor tornou-se uma afirmação.
Em oposição a este fenómeno, como já mencionámos, há uma categoria inteira de informações, livros e sites dedicados a dizer-lhe exatamente qual a cor da moda, como conjugar as cores das roupas (não tendo em conta os fenómenos das cores análogas e complementares, como a citação acima tão bem galvaniza), ou quais os sentimentos ou interpretações que determinada cor deve invocar. Esta perspetiva da cor como um elemento semântico absoluto é independente de contexto. Design depende do contexto, não dum pré-conceito rígido. O processo do designer é tão ou mais importante que o produto final, na medida em que atende a uma determinada realidade (não um modelo teórico já construído) e tenta criar soluções com base no que pode melhorar, tendo em conta as necessidades.
A cor faz parte deste jogo. Como agente de reconhecimento, personalidade e comunicação, deve ser dinamizadora e não restritiva. Para perpetuar este conceito, apresentaremos algumas imagens onde os supostos significados das cores são observados por um prisma da realidade urbana decrépita, para ultimamente concluir que o seu significado é variável, consoante o contexto onde se encontra.
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Verde. Esperança, crescimento, paciência. |
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Vernelho. Quente, violento, apaixonado. |
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Azul. Paz, calma, responsabilidade. |
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Matizes de cinza e preto. Moderno, profissional, sofisticado. |
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